LFS Assuntos Rurais -
Lideranças pedem apoio ao agro do RS na abertura da Expodireto Cotrijal.
Feira, uma das principais do calendário nacional, é realizada nesta semana, em Não-me-toque
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As dificuldades econômicas vividas pelos produtores rurais do Rio Grande do Sul foram o principal tema lembrado na abertura oficial da 25ª Expodireto Cotrijal, nesta segunda-feira (10/3), em Não-Me-Toque (RS). Durante a cerimônia, as autoridades e liderança setoriais destacaram a necessidade de securitização das operações de crédito rural para os agricultores e pecuaristas afetados por eventos climáticos extremos.
O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, lembrou que, nos últimos cinco anos, os produtores gaúchos viveram três estiagens consecutivas, enfrentaram enchentes e chuvas devastadoras e agora vivem uma nova seca que deve afetar a produção agrícola. O dirigente defendeu a renegociação de dívidas com prazos e juros compatíveis.
“Precisamos de alongamento dos pagamentos, é necessário construir uma solução para esse problema. Mesmo que o Brasil tenha uma das melhores safras de história do Brasil neste ano, o Rio Grande do Sul terá uma de suas piores colheitas. É preciso uma visão diferente do governo federal para o produtor gaúcho”, afirmou Manica.
No entanto, o alerta do presidente da Cotrijal não poderia ser respondido durante a cerimônia. Entre as autoridades, não estavam presentes integrantes da administração direta do governo federal, como o ministro da Agricultura, nem representantes do Banco do Brasil, principal instituição financiadora do agronegócio no país.
“O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) estava com participação confirmada aqui na feira, assim como a presidente do Banco do Brasil (Tarciana Medeiros), mas nos últimos dias declinaram da vinda, a gente não entendeu”, afirmou Manica em entrevista.
Na sexta-feira (14/3), a Expodireto Cotrijal vai receber uma audiência Pública do Senado Federal, que irá discutir a renegociação das dívidas dos produtores gaúchos afetados pelos eventos climáticos nos últimos anos.
“A economia do Rio Grande do Sul perdeu mais de R$ 600 bilhões com efeitos climáticos na agricultura. Os produtores precisam de um prazo maior e condições melhores de pagamento de dívidas. A ausência de seguro rural eficiente também prejudica o setor”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Segundo os dados mais recentes da Defesa Civil do Estado, 204 municípios já decretaram emergência devido à estiagem em 2025. Nesta terça-feira (11/3), a Emater-RS, empresa pública de extensão rural, fará o anúncio oficial da estimativa da safra de verão gaúcha.
Medidas de auxílio
Durante a cerimônia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou novas medidas para localidades afetadas pela seca. Entre elas, está a liberação de R$ 46,7 milhões para repasse aos municípios em situação de emergência e calamidade pública.
Serão destinados R$ 250 mil para cidades até 20 mil habitantes, R$ 300 mil para municípios entre 20 mil e 50 mil moradores e R$ 350 mil para os acima de 350 mil pessoas.
Outra novidade anunciada foi um decreto sobre uso de água, que deve reduzir em 99% o prazo de concessão de outorga para barragens e açudes de até 3 milhões de metros cúbicos (m³) e em 75% o prazo para barragens acima deste volume e para açudes acima de 5 milhões de m³. “Estamos modernizando e agilizando o processo de gestão de águas”, afirmou Leite.
Tecnologia e inovação
Apesar das dificuldades, o presidente da Cotrijal acredita no sucesso da 25ª edição da Expodireto. Neste ano, a feira vai reunir 550 expositores em seu parque de 130 hectares, com uma expectativa de receber entre 230 mil e 280 mil visitantes.
“O público vai encontrar o que existe de mais moderno e atualizado em tecnologia agrícola. Será uma chance de buscar conhecimento e oportunidades de negócios”, afirmou Manica. Em 2024, a feira alcançou o valor recorde R$ 7,9 bilhões em negócios.
Créditos Globo Rural.
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