LFS Assuntos Rurais - Preço do leite pago ao produtor em janeiro é 18,7% maior que em 2024

 

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Preço do leite pago ao produtor em janeiro é 18,7% maior que em 2024

Aumento é atribuído à combinação de uma produção mais fraca e demanda firme por lácteos

Créditos Gabriella Weiss/Globo Rural

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Preço do leite pago ao produtor em janeiro é 18,7% maior que em 2024

Aumento é atribuído à combinação de uma produção mais fraca e demanda firme por lácteos

Por Gabriella Weiss — São Paulo

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A expectativa do setor é de que o preço do leite continue subindo nos próximos meses

A expectativa do setor é de que o preço do leite continue subindo nos próximos meses — Foto: Freepik

O preço do leite pago ao produtor voltou a subir após um período de queda nos últimos meses de 2024. O preço do leite captado em janeiro de 2025 fechou a R$ 2,6492 por litro, representando um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 18,7%, considerando os valores deflacionados pelo IPCA de janeiro.

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O aumento no preço é atribuído à combinação de uma produção mais fraca e uma demanda firme por lácteos. “Com a produção perdendo força e a demanda firme, indústrias intensificaram a competição pela compra de matéria-prima, o que levou a reajustes nos preços negociados com produtores em janeiro”, explicam os pesquisadores do Cepea, o que levou ao reajuste nos preços negociados com os produtores no início de 2025.

A expectativa do setor é de que o preço continue subindo nos próximos meses, especialmente com a proximidade da entressafra, que afeta principalmente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, destacam os especialistas.

Em 2024, a produção de leite já havia mostrado sinais de enfraquecimento, o que fez com que o mercado se ajustasse de forma mais precoce do que o habitual. Embora a oferta tenha apresentado crescimento em algumas regiões, houve redução na captação em outras, impactadas pelo clima adverso, com seca e calor intenso.

Além disso, o aumento nos custos de produção e a retração da margem do produtor no último trimestre de 2024 também afetaram a produção. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) registrou uma leve queda de 0,7% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, refletindo recuos em Goiás, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

Por outro lado, a demanda por lácteos se aqueceu no mercado interno em janeiro, o que contribuiu para a ligeira recuperação dos preços no atacado. A pesquisa do Cepea revelou que o preço do queijo muçarela negociado em São Paulo subiu 1,82%, com média de R$ 33,09 por quilo. O preço do leite em pó (400g) também registrou aumento de 0,97%, passando para R$ 31,58 por quilo. Já a cotação do leite UHT se manteve praticamente estável, com um pequeno aumento de 0,02%, fechando a R$ 4,27 por litro.

A sustentação dos preços também foi influenciada pela redução nas importações de lácteos, que diminuíram em dezembro de 2024 e nas primeiras semanas de janeiro de 2025. Apesar disso, as importações de lácteos voltaram a crescer quase 4% em janeiro, enquanto as exportações caíram 14% em relação ao mês anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Créditos Globo Rural.