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Fiagros crescem 315% em dois anos e atingem patrimônio líquido de R$ 43,7 bilhões em 2024 Performance dos CRAs manteve a evolução acima da média do mercado.
Foto Getty Imagens. Créditos Por Victoria Netto/Globo Rural.
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Fiagros crescem 315% em dois anos e atingem patrimônio líquido de R$ 43,7 bilhões em 2024
Performance dos CRAs manteve a evolução acima da média do mercado
Por Victoria Netto — Rio de Janeiro
13/02/2025 14h34 Atualizado há 4 horas
Principal destaque de investimentos no setor agro, a indústria do Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) cresceu 315% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024, com patrimônio líquido saltando de R$ 10,5 bilhões para R$ 43,7 bilhões no período. Os dados constam na 9ª edição do Boletim de Agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criado há dois anos.
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Em relação ao trimestre anterior, o crescimento dos Fiagros foi de 4%. Já no comparativo com o ano de 2023, houve aumento de 15%. Segundo o relatório especializado, 44% do patrimônio líquido está nos Fiagro-FII, que investem em propriedades imobiliárias rurais, como terras ou imóveis agrícolas.
O boletim mostra ainda que, em dezembro de 2024, havia 133 Fiagros operacionais, o que significa um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior e de 39% nos últimos 12 meses. Destes, 47% dos fundos são Fiagro-FIDC, ou seja, associados a investimentos em Direitos Creditórios.
Outro destaque do boletim é a performance dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que manteve a evolução acima da média do mercado. Em dezembro de 2024, o volume acumulado de direitos creditórios que lastreiam os CRAs somou R$ 153,5 bilhões, alta de 4,1% ante o trimestre anterior e de 17,9% em relação ao mês de dezembro de 2023. Quando comparado ao período dos últimos dois anos, o patrimônio líquido cresceu R$ 57,98 bilhões, uma expansão de 60%.
De acordo com o boletim, debêntures foram os instrumentos mais utilizados como lastro na estruturação dos CRAs em dezembro de 2024 (36%), representando R$ 55,7 bilhões, seguidos pelos direitos creditórios (31%), compondo R$ 47,9 bilhões do lastro em estoque.
O relatório mostra que, conforme se verifica na abertura do lastro, 91% dos recursos captados são destinados ao financiamento de produtos agropecuários dentro da porteira. Desse total, 49% estão relacionados à atividade de produção, destacadamente o segmento de grãos e pecuária; 25% à comercialização e o restante dividido entre as atividades de beneficiamento e industrialização.
De 2022 a 2024, a fatia do mercado de capitais correspondente ao agro cresceu 16%. Em termos comparativos, enquanto o volume financeiro do agronegócio cresceu 36% no período (de R$ 397 bilhões para R$ 540 bilhões), o volume financeiro total do mercado de capitais variou 17% (de R$ 13,1 trilhões para R$ 15,3 trilhões).
"Os números apresentados reforçam a importância do agronegócio para o desenvolvimento da economia do Brasil e na evolução do mercado de capitais", informa em nota o gerente de securitização e agronegócio da CVM, David Menegon.
Créditos Globo Rural.
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